quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Livros que quero ler

Esses dias fiquei com vontade de renovar minhas leituras. Quase sempre, leio o mesmo tipo de livro, em geral um romance açucarado. Mas, após ficar saturada de leituras do gênero, resolvi fazer uma proposta aos blogueiros do grupo mais amorzinho que existe no Facebook, o Daydream. Eu li várias resenhas, me apaixonei por alguns livros e resolvi trazer a resenha dos mesmos para meus leitores, assim, além de indicar livros que parecem ser ótimos, eu acabo indicando blogs que valem a pena acompanhar!

A Sétima Cela - Kerry Drewery - Um livro e nada mais
Foto de Ana Carolina.
Sinopse: Martha Heneydew é a primeira adolescente a ser presa e condenada no novo sistema de justiça da Inglaterra. A polícia a encontrou ao lado do corpo de Jackson Paige, filantropo, milionário e uma das celebridades mais queridas do país. Nesse novo sistema de justiça, o condenado tem sete dias ¿ cada dia em uma cela diferente ¿ para ter seu destino determinado pelos votos dos telespectadores. Se a audiência do programa de TV Morte é Justiça decidir pela inocência do preso, ele será solto. Caso contrário, será morto na cadeira elétrica. Porém, algumas peças não se encaixam na história que Martha conta para a justiça. Ela se declara culpada, mas há algo por trás da cena do crime que os telespectadores ainda não sabem. Com a ajuda da consultora psicológica, Eve Stanton, de um juiz do antigo sistema jurídico, Cícero, e do seu grande amor, os sete dias que precedem sua execução serão de muita intensidade, sofrimento, descobertas inesperadas e reviravoltas de perder o fôlego. Quem é, de verdade, Jackson Paige? Martha Heneydew é realmente culpada? Será que esse sistema jurídico é justo? Nesta distopia eletrizante, todas essas questões nos fazem refletir sobre o poder do dinheiro que, muitas vezes, prevalece sobre a justiça. E Martha, uma adolescente forte e destemida, mostra sua crença em uma sociedade verdadeiramente justa, na força da amizade e do amor. Mesmo que isso possa significar sua própria vida.

Resenha: " O universo criado pela autora –que espero que seja melhor explorado nos demais livros da série- nesse primeiro momento não está exatamente ligado a construção social e sim na visão atual de justiça desse novo mundo. Onde, em algum momento, o nosso atual sistema foi considerado repleto de erros e ultrapassado, sendo assim, foi substituído por esse onde as pessoas poderiam escolher qual deveria ser a decisão da justiça. A questão debatida no livro a todo momento é a manipulação das informações, de como a mídia – através do programa anteriormente citado – manipula os indivíduos da sociedade, e como todos são reféns dos que possuem dinheiro à medida que os votos são pagos. Minhas expectativas estão em alto nível para os demais livros dessa trilogia, que demonstrou ser uma distopia fora do comum, diferente e que vai trazer muita reflexão. Senti um pouco de falta de não ter sido melhor apresentada a estrutura social e demais informações, mas acredito que saberemos mais nos próximos livros. “A Sétima Cela” foi o que precisava para me fazer amar novamente distopias, sendo envolvente, arrebatador, emocionante, tenso e intenso. É favorito e vou indicar milhares de vezes por aqui." Resenha completa no blog.

A Biblioteca Invisível - Genevieve Cogman - Globo Literário
Foto de Isabelle Felicio
Sinopse: Irene é uma espiã profissional da misteriosa Biblioteca, uma obscura organização que existe fora do tempo e espaço e que coleciona livros e manuscritos de diferentes realidades. E junto com seu enigmático assistente Kai, ela é enviada para uma Londres alternativa com a missão de recuperar um perigoso livro. Mas quando eles chegam, ele já foi roubado. As principais facções do submundo londrino estão prontas para lutar até a morte para achar este mesmo livro, e tudo é imensamente dificultado pelo fato de que o mundo está infestado pelo Caos - as leis da natureza foram distorcidas para permitir a existência de criaturas sobrenaturais e mágicas imprevisíveis. Enquanto seu novo assistente guarda seus próprios segredos, Irene logo se vê envolvida em uma aventura repleta de perigo, pistas e sociedades secretas, onde a natureza da própria realidade está em perigo e falhar não é uma opção.

Resenha: "O livro vai jogar um monte de informações em você. Mistério, fantasia, investigação, tudo isso compõe essa história fantástica. Falei tanto nessa resenha e não falei nem metade de tudo que o livro é, do quão criativa é a história. Existem livros que nos surpreendem a cada capítulo, A Biblioteca Invisível nos surpreende a cada página. Entrou para a minha lista de favoritos e vai ser difícil algum outro superar para ser o melhor do ano. Além de ser o livro mais lindo da minha estante. Fala sério, uma lombada e detalhes dourados? Não tem nada mais lindo aqui. Queria poder falar mais. Falar sobre a Linguagem, que foi genial da parte da autora, os dragões, ou personagens incríveis como o Vale e até daqueles que a gente não consegue deixar de desconfiar nunca. Falar mais sobre a Irene e de como ela é incrível, astuta, inteligente, esperta e ama muito os livros. Demorei muito para ler ele, mas só porque eu não queria que ele acabasse e minha sanidade ficasse abalada até o segundo livro chegar. Agora é fazer todo mundo ler e aguardar ansiosamente o segundo livro comigo." Resenha completa no blog.

Pó de Lua - Clarice Freire - Pinguim Tagarela
Foto de Diovana Vargas
Sinopse: Em 2011, discretamente, a publicitária Clarice Freire criou no Facebook uma página para reunir seus escritos e desenhos. Batizou-a como Pó de Lua, sua receita infalível “para tirar a gravidade das coisas”. Desde então, ela vem conquistando uma legião de fãs fiéis e engajados, que se encantaram com a delicadeza de seus pensamentos, seu humor sutil e o traço despretensioso, que combina desenho e até fragmentos de palavras. Entre eles, estão personalidades como a atriz Grazi Massafera e a apresentadora Ticiane Pinheiro. Da internet para as páginas de um livro, foi mais um salto para a jovem autora recifense, de apenas 26 anos. Ela surpreende seus admiradores com uma proposta diferente. Pó de lua, o livro, tem o formato de um dos cadernos moleskine em que Clarice exercita sua criatividade. Inspirada pelas quatro fases da lua – minguante, nova, crescente e cheia – ela trata em frases concisas e certeiras de sentimentos como a saudade, o medo, a paixão e a alegria, sempre em sua caligrafia característica, ilustradas com muitos desenhos.

Resenha: " Presentear alguém com Pó de Lua, é uma ótima dica, pois é o tipo de livro para carregar na mochila, na bolsa ou até mesmo fazê-lo um livro de cabeceira. Pode-se reler ele muitas e muitas vezes, pois sempre haverá mais de uma interpretação das poesias. Enfim, Pó de Lua é simplesmente muito alegre, cheio de cor e mensagens super profundas. Muitas das poesias me comoveram e levaram-me a refletir, além de que algumas até me descreveram. O que foi bem interessante e acredito ser uma das melhores coisas do livro: a identificação da escrita com o leitor." Resenha completa no blog.

A Menina Submersa - Memórias - Caitlin R. Kiernan - Loucura por leituras
Foto de Lethycia Dias
Sinopse: É um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do “real” sobre o “verdadeiro” e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos. O trabalho cuidadoso de Caitlín R. Kiernan é nos guiar pela mente de sua personagem India Morgan Phelps, ou Imp, uma menina que tem nos livros os grandes companheiros na luta contra seu histórico genético esquizofrênico e paranoico. Filha e neta de mulheres que buscaram o suicídio como única alternativa, Imp começa a escrever um livro de memórias para tentar reconstruir seus pensamentos e lutar contra o que seria “a maldição da família Phelps”, além de buscar suas lembranças sobre a inusitada Eva Canning, sua relação com a namorada e consigo mesma, que evoca em muitos momentos a atmosfera de filmes como Azul é a Cor mais Quente (Palma de Ouro em Cannes, 2013) e Almas Gêmeas (1994), de Peter Jackson. Caitlín dialoga ainda com o universo insólito de artistas como P.G. Wodehouse, David Lynch e Tim Burton, e o enigmático personagem Sandman, de Neil Gaiman, com quem aliás, trabalhou, escrevendo The Dreaming, spin-off derivado da obra-prima de Gaiman. A Menina Submersa evoca também as obras de Lewis Carrol, Emily Dickinson e a Ofélia, de Hamlet, clássica peça de Shakespeare, além de referências diretas a artistas mulheres que deram um fim trágico à sua existência, como a escritora Virginia Woolf. A epígrafe do livro, retirada de uma música da banda Radiohead – “There There” –, diz muito sobre o que nos espera: “Sempre ha´ um canto de sereia que te seduz para o naufra´gio”. A Menina Submersa é como esse canto, que nos hipnotiza até que tenhamos virado a última página, e fica conosco para sempre ao lado de nossas melhores lembranças.

Resenha: "Depois de uma sinopse tão longa, só o que posso dizer é que A menina submersa: memórias é um livro intrigante, que quebra expectativas e que (para usar uma metáfora) apresenta muito mais do que o conteúdo visível na superfície. É uma história que exige imersão e envolvimento, e logo após a dedicatória, a autora nos deixa um recado bem direto: "Este livro é o que é, o que significa que ele pode não ser o livro que você espera que seja". Dessa forma, eu fico feliz por não ter esperado as coisas erradas. Eu esperava por algo sombrio, difícil de compreender e um tanto perturbador, e fui correspondida durante a leitura. Algo que considerei positivo na história foi a representatividade envolvendo Imp e Abalyn. Além de as duas viverem um relacionamento homoafetivo, Abalyn é transexual, e o livro retrata essa relação de forma muito natural. Em determinado momento, Imp compreende exatamente como Abalyn se sentia no passado, presa a um corpo que não era o dela, e existe um diálogo entre as duas que deixa bem claro o que significa a transexualidade. "Sempre fui mulher, Imp. [...] Ninguém nunca trocou meu sexo. Eles simplesmente deixaram a carne mais em linha com a minha mente. Com meu gênero. Além disso, não tenho certeza de que realmente havia uma escolha." (página 153).isualmente, é um livro muito bonito, com a capa dura cheia de texturas em relevo, as páginas de laterais cor de rosa, e a fita. Mas não é só isso. Algumas das ilustrações dialogam diretamente com elementos da história, como é o caso das lacraias que aparecem "andando" no meio do texto entre as páginas 176 e 191. Consegui encontrar uma ligação entre isso e uma das lembranças de Imp sobre algo que sua avó costumava dizer, e achei genial a editora ter prestado atenção a isso." Resenha completa no blog.

Espero que leiam as resenhas completas e gostem tanto dos livros assim como eu gostei. Já quero ler os 4 e espero que ainda nesse ano! Alguém já conhecia algum desses livros? Se sim, me conta! O que achou?

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